segunda-feira, 1 de julho de 2019

Gueto – cada um tem o seu

Recordando devo ter ouvido esta palavra e entender o seu significado a partir do racismo na África do Sul de Nelson Mandela, o apartheid que fazia negros e brancos serem separados por bairros, não podiam frequentar mesmas escolas, lojas e nos ônibus os fundo era o local reservado para eles. Ver negro com farda batendo em negro (homens, mulheres e crianças), como que se estivessem tangendo animais para o curral. Estes foram os guetos que conheci pela tv e pela história.
Mas também apareceram os Campos de concentração que restringiram o direito de ir e vir do sertanejo que fugia da seca no interior par a capital, nesses campos proliferavam doenças e fome, tudo para que a elite local não soubesse de sua existência, vários foram criados e alguns ainda resistem nos escombros, alguns atualmente são bairros, outros so pesquisadores podem dizer sobre sua história e mazelas.
Quando digo GUETO – Cada um tem o seu, quero mostrar que no consciente não tomamos isso como gueto (separação), mas se você parar e penar um pouco vera que participa de guetos em todos os locais, o seu supermercado pode te separar em Classes A, B, C, D, com produtos específicos para cada uma dessas classes.
Os shoppings atuais centros de lazer, diversão e compras, também estão separando a cidades e seus consumidores, ficou muito claro quando o movimento do Rolezinho em shopping da Elite foram se intensificando até que um grande shopping de SP decidiu fechar as portas ao invés de atender as estes clientes.
Somos “persona no grata” para certos lojistas, muito me admira que os trabalhadores desses lojistas também contaminados pela ideia de separação nos olham da cabeça aos pés e com desdém nos atendem, eles os mesmos que comem de marmita, pegam ônibus, se consideram melhor que nós seus clientes, eles vivem de comissão, não é assim “bater metas”.
Nas praias mais distantes, possivelmente só quem possui carro frequenta, mas se o ônibus chegar até lá nos os farofeiros iremos sim. O mar é para todos, apesar de os donos da praia quererem cercá-la com intuito de transformá-la em empreendimento particular, como certos hotéis, de uma certa cadeia estrangeira, temos também os “artistas” que possuem casas em Angra do Reis litoral do RJ que colocou boias para afastar os curiosos mesmo sabendo que era contra a lei. Será que foram recolhidas ou ainda continuam lá??
Estamos em guetos nas escolas, nos bairros,  na escolaridade e no acesso ao trabalho, se você não tem um QI talvez conseguir uma vaga seja muito mais difícil, mas também você terá que entrar em um certo tipo de gueto para ficar no trabalho, guetos dos puxa-saco, e tapete também.
Apesar da GLOBALIZAÇÃO, o que vejo é uma pasteurização na cultura, que nos é enfiada de goela a abaixo(como os gansos são alimentados, para fazer o patê de fígado de ganso), quando não aceitamos  essa pasteurização, nos colocam em um gueto de revoltados, minoria barulhenta.
Temos que sair dos nossos GUETOS e olhar para fora e ver algo está muito errado. Errado ao ponto de achar que pensar e ter opinião é coisa de gente esquisita.

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