Recordando devo ter ouvido esta palavra e
entender o seu significado a partir do racismo na África do Sul de
Nelson Mandela, o apartheid que fazia negros e brancos serem separados
por bairros, não podiam frequentar mesmas escolas, lojas e nos ônibus os
fundo era o local reservado para eles. Ver negro com farda batendo em
negro (homens, mulheres e crianças), como que se estivessem tangendo
animais para o curral. Estes foram os guetos que conheci pela tv e pela
história.
Mas também apareceram os Campos de
concentração que restringiram o direito de ir e vir do sertanejo que
fugia da seca no interior par a capital, nesses campos proliferavam
doenças e fome, tudo para que a elite local não soubesse de sua
existência, vários foram criados e alguns ainda resistem nos escombros,
alguns atualmente são bairros, outros so pesquisadores podem dizer sobre
sua história e mazelas.
Quando digo GUETO – Cada um tem o seu,
quero mostrar que no consciente não tomamos isso como gueto (separação),
mas se você parar e penar um pouco vera que participa de guetos em
todos os locais, o seu supermercado pode te separar em Classes A, B, C,
D, com produtos específicos para cada uma dessas classes.
Os shoppings atuais centros de lazer,
diversão e compras, também estão separando a cidades e seus
consumidores, ficou muito claro quando o movimento do Rolezinho em
shopping da Elite foram se intensificando até que um grande shopping de
SP decidiu fechar as portas ao invés de atender as estes clientes.
Somos “persona no grata” para certos
lojistas, muito me admira que os trabalhadores desses lojistas também
contaminados pela ideia de separação nos olham da cabeça aos pés e com
desdém nos atendem, eles os mesmos que comem de marmita, pegam ônibus,
se consideram melhor que nós seus clientes, eles vivem de comissão, não é
assim “bater metas”.
Nas praias mais distantes, possivelmente
só quem possui carro frequenta, mas se o ônibus chegar até lá nos os
farofeiros iremos sim. O mar é para todos, apesar de os donos da praia
quererem cercá-la com intuito de transformá-la em empreendimento
particular, como certos hotéis, de uma certa cadeia estrangeira, temos
também os “artistas” que possuem casas em Angra do Reis litoral do RJ
que colocou boias para afastar os curiosos mesmo sabendo que era contra a
lei. Será que foram recolhidas ou ainda continuam lá??
Estamos em guetos nas escolas, nos
bairros, na escolaridade e no acesso ao trabalho, se você não tem um QI
talvez conseguir uma vaga seja muito mais difícil, mas também você terá
que entrar em um certo tipo de gueto para ficar no trabalho, guetos dos
puxa-saco, e tapete também.
Apesar da GLOBALIZAÇÃO, o que vejo é uma
pasteurização na cultura, que nos é enfiada de goela a abaixo(como os
gansos são alimentados, para fazer o patê de fígado de ganso), quando
não aceitamos essa pasteurização, nos colocam em um gueto de
revoltados, minoria barulhenta.
Temos que sair dos nossos GUETOS e olhar
para fora e ver algo está muito errado. Errado ao ponto de achar que
pensar e ter opinião é coisa de gente esquisita.