sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ver pra Crêr CONECOM

A I Conferência Estadual de Comunicação do Ceará (Conecom) teve solenidade de abertura no dia 20 de Novembro no Ponta Mar Hotel em Fortaleza. Com duas horas de atraso a abertura do evento causou desconforto aos participantes que respeitaram o horário, apesar do inconveniente o auditório ficou pequeno para os diversos interessados em se falar sobre comunicação. Contou com a presença da sociedade civil, sociedade civil empresarial, movimentos sociais, movimentos partidários e o poder público.

Com a presença maciça da sociedade, o evento destaca que a comunicação deve ser trabalhada em seu amplo segmento social. Unificar a comunicação em prol de bem comum, com qualidade e justa para todos. Na primeira mesa estavam Lenardo de Castro (representando o empresarial), a Deputada Estadual Raquel Marques, Deputado Federal Francisco Lopes e representando o governo do estado, o vice governador Francisco Pinheiro destacou quanto é valido conduzir políticas publicas que regulamentem as rádios comunitárias em nosso estado, pois existem muitas iregularidasdes.

Ainda na solenidade de abertura o superintendente da Telebrasil César Rômulo, em sua fala questiona a universalização da banda larga, e revela “se a sociedade for esperar banda larga grátis será por toda eternidade”. Com a carência de serviços básicos como educação, por exemplo, e também levando em consideração que a maioria dos lares brasileiros não tem computador, como essa prerrogativa da banda larga poderia ser levada adiante, até mesmo pelos interesses dos empresários?

E para finalizar a mesa Jonas Valente (Coletivo Intervozes), evidencia que a situação da comunicação deve ser reconstruída através de políticas públicas eficazes. “É preciso intervir a lógica dos direitos da comunicação”. Segundo ele a atual situação funciona de maneira que 80% dos veículos trabalham em caráter lucrativo, e a comunicação não pode ser feita visando o lucro.

Em período no qual a comunicação está em discussão seja no empresarial, o diploma de jornalista e diversas conferências de comunicação, que questionam os velhos modelos empresariais e comportamento da sociedade. É necessária atenção de toda sociedade civil, pois esse é o momento no qual podemos lutar para que a diferença ocorra. Para isso além da participação, devemos usar articulação política dos comunicólogos, pois um velho modelo não muda da noite para o dia. O que podemos esperar desse momento histórico da comunicação, questionamentos levantados na conferência municipal de Fortaleza sejam levadas adiante, políticas realmente justas para a sociedade, é preciso vigiar, e agir.

Janaina Viana- Jornalista

**A Press Kit Ceará Consultoria e Publicidade, cede este espaço para divulgar eventos e matérias de jornalistas ( com interesse público).

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Entrega do prêmio AnotE


A Agência de Notícias Esperança AnotE, Realizou no dia 29 de outubro a entrega do prêmio Anote de Jornalismo. A 5ª edição do prêmio o tema era “Qual Justiça gera a Paz?”No começo da solenidade de premiação o grupo de teatro Parresia, do bairro João XXIII, apresentou uma esquete sobre o tema.
Estiveram presentes os palestrantes Sr. Dalmo Dallari, professor e jurista, membro do Conselho Nacional de Direitos Humanos e membro honorário da Comissão Internacional de Juristas (com sede em Genebra, assessor da ONU para Direitos Humanos); Maria Celeste Thomaz de Aragão, secretária executiva da Comissão de Justiça e Paz do Regional Nordeste I da CNBB e assessora jurídica da Pastoral Carcerária do Ceará, Sr. Igor Barreto da Pastoral Carcerária de Fortaleza e o presidente da Anote Padre Lino Allegri.
Os jurados desse prêmio foram o Sr. Edgard Patrício, jornalista, professor e membro da coordenação colegiada da ONG Catavento e Educação Ambiental; o Padre Ermanno Allegri, diretor executivo da Agência de Informação Frei Tito para América Latina; Sra. Francilene Gomes de Brito Bessa, Defensora Pública do Estado do Ceará; Sra. Lúcia Albuquerque, Coordenadora do Centro de Defesa da Vida Hebert de Sousa e diretora da ABONG Regional Nordeste 3 e Luís Paulo Machado, jornalista e coordenador do curso de jornalismo das Faculdades Nordeste. Os nomes dos jornalistas premiados, foram anunciado pela sra. Francilene Gomes.

3º Lugar (Foto)
Jornalista Janayde de Castro Gonçalves, com a reportagem “Fortaleza é uma das piores capitais em saúde e educação” publicada no mês de setembro de 2009, no jornal Diário do Nordeste.

2º Lugar (Foto)
Jornalista Ivna Nilton Marques Girão, com a reportagem “Já existe toque de recolher nas periferias” publicada no mês de junho de 2009, no jornal O ESTADO.






1º Lugar (Foto)
Jornalista Ana Meire Carneiro Cavalcante, com a série de reportagens “Eles se salvaram”, publicadas em julho e agosto de 2009, no jornal O POVO.


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A Press Kit Ceará Consultoria e publicidade esteve presente na I Conferência Municipal de Comunicação, a Carta de Fortaleza foi um documento elaborado pela sociedade civil durante os dois dias de conferência. Na III Conferência Municipalde Cultura foi lida a carta abaixo e também foi redigido um novo documento, para a cultura com participação da sociedade civil, não houve participação de empresários da mídia em nenhuma das duas conferências.


CARTA DE FORTALEZA
Relatório das propostas aprovadas nos grupos de trabalho da
I Conferência Municipal de Comunicação – Fortaleza.
16 e 17 de outubro de 2009
Incentivo à comunicação livre e comunitária / políticas de comunicação, cultura e educação
1.Estabelecer uma política pública de incentivo à comunicação comunitária e alternativa;
2.Fomentar e apoiar núcleos comunitários de comunicação;
3.Construir um espaço em Fortaleza de formação teórica e tecnológica que possibilite e incentive a criação de novos núcleos de comunicação comunitária, com subsídios ou financiamento para compra de material;
4.Garantir que todos os Cucas tenham núcleos de comunicação popular e alternativa;
5.Criar um curso que oriente os movimentos sociais sobre como se relacionar com os veículos de comunicação, levando em consideração o estudo crítico da mídia e estimulando a produção de comunicação popular;
6.Criação de editais de mídia livre, com a promoção de oficinas de capacitação para elaboração de projetos para editais;
7.Descentralizar as capacitações técnicas em parcerias com entidades que já trabalham com comunicação (parcerias com poder público e sociedade civil);
8.Políticas de incentivo a comunicação comunitária: infra-estrutura, materiais para as comunidades produzirem, ações em espaços públicos de oficinas para lideranças;
9.Participação da sociedade na construção da política de editais;
10.Formação de uma escola de comunicação comunitária itinerante que trabalhe com módulos para flexibilizar a formação. A escola será pensada, acompanhada e criada por um conselho gestor composto por representantes dos movimentos sociais, universidades e poder público.

Controle público/social

1.Criação do Conselho Municipal de Comunicação, de caráter deliberativo, composto por segmentos eleitos em assembléia com representação de 50% de usuários, 25% de profissionais da comunicação e 25% do Poder Público, entidades de classe e empresários, e que tenha como indicativo a participação com recorte de gênero, raça, orientação sexual, diversidade religiosa e geração. O Conselho deve garantir mecanismos de participação popular e controle público de acordo com o que é previsto na lei orgânica do município, tendo como uma de suas funções e fiscalização das rádios comunitárias, observando os perfis técnicos de funcionamento e a sua atuação social;
2.Garantir a realização de Fóruns de comunicação periódicos para garantis a participação constante da sociedade no processo de discussão e definição de políticas públicas para o setor.


Rádios Comunitárias

1.Regulamentação das rádios comunitárias em Fortaleza no sentido da municipalização, tendo como base o ante – projeto apresentado pela Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (ABRAÇO –Ce);
2.Desenvolver um plano diretor participativo de radiodifusão comunitária.

Marcos Regulatórios

1. Criação de Fundo Municipal de fomento à radiodifusão comunitária e alternativa e outras iniciativas de comunicação popular a ser gerido pelo Conselho Municipal de Comunicação Social;
2. Criação de Fundo Municipal De Comunicação Pública (1% do IPTU de Fortaleza);
3. Criar mecanismos legais que estabeleçam a obrigatoriedade da contratação de profissionais com formação superior em Jornalismo para exercer as funções privativas da categoria no Poder Público Municipal;
4. Criação de lei municipal para regulamentar o uso da verba pública publicitária, garantindo 20% para rádios comunitárias, veículos de baixa circulação alternativos e livres;
5. Municipalização dos processos d concessão de TV e rádios locais vinculadas a mecanismos de controle social com definição de critérios transparentes e democráticos;
6. Elaborar um Plano Municipal de Comunicação que defina diretrizes e metas para o setor coma participação da sociedade civil;
7. Instituição de uma Frente Parlamentar de Comunicação na Câmara Municipal;
8. Propor uma legislação municipal que obrigue o mercado publicitário local a utilizar uma tabela única de valores praticados e torná-la pública;
9. Regulamentar a publicidade de produtos e serviços nas escolas;
10. Criar um canal local de denúncia para os abusos da publicidade que seja regulado pela sociedade civil;
11. Criar um órgão público municipal regulatório que estimule a qualificação do uso da internet.

Sistema Público de Comunicação

1.Garantir que a TV Municipal financie e veicule conteúdo produzido pelos movimentos sociais, escolas, núcleos de comunicação comunitária e ONGs;
2.Garantir que parte do conteúdo veiculado pela TV municipal aborde a temática dos direitos humanos, com participação efetiva dos segmentos de crianças e adolescentes, mulheres, negros (as), idosos (as), índios (as), pessoas com deficiência, LGBTT na produção dos programas;
3.Criar o Conselho Curador na TV Educativa da Prefeitura Municipal de Fortaleza e em outras TVs públicas municipais que venham a ser criadas.

Verbas Publicitárias

1. Ocupar espaço na programação comercial destinando um percentual da verba publicitária para incentivar programas independentes culturais e educativos;
2.Participação da sociedade da destinação das verbas publicitárias;
3.Que o poder público, dê transparência ao uso de sua verba publicitária.

Convergência, Educação e Cultura Digital

1.Incluir cultura digital na reformulação do currículo escolar do município, em uma perspectiva transversal;
2.Capacitar os professores da rede de ensino municipal em ferramentas e processos de cultura digital;
3.Criar uma Comissão Municipal que trabalhe comunicação, educação e cultura interligados;
4.Criar uma rede municipal para veiculação das mídias independentes.